“Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas
engana o seu coração, a sua religião é vã. A religião pura e imaculada diante
de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e
guardar-se isento da corrupção do mundo”. Tg.1.26-27:
Tenho postado aqui neste espaço de diversas formas que a RELIGIÃO é um câncer no mundo. Responsável pelas maiores atrocidades mundial. E, infelizmente, a religiosidade encontra-se muito presente nas mais diferentes denominações evangélicas.
Thiago cita "uma religião pura e imaculada". Obviamente,
ele não se refere ao termo "religiosidade" de "ser
religioso", mas, de religião do termo latim "Re-Ligare",
que significa "re-ligação" com o Divino. O que no AT era impossível
devido ao declínio espiritual do homem, e foi por Cristo solucionado no
Calvário, nos re-ligando com Deus através de seu sacrifício expiatório. Hoje,
somos re-ligados com Deus, alcançados por sua Graça (ê como gosto de pronunciar
isso hehe).
Quando Thiago fala dessa religião pura, ele dá margens para uma
religião que não é pura nem imaculada para com Deus. É a religião vã de quem não
refreia sua língua e engana-se em seu coração. E quanta a verdadeira religião?
Ele dá uma dica, esta se propõe a "Visitar
os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do
mundo".
E o que Thiago quer dizer com isso? A verdadeira religião (de
religados com Deus) não consiste apenas em muito falar, debater, protestar, brigar, mais daqueles que tem dentro de si uma fome
gigantesca em ajudar o seu próximo. Este guarda-se isento da corrupção do
mundo.
E que corrupção seria esta? A história da Igreja de Cristo
registrado em Atos, quando esta era apenas formada por homens e mulheres
centradas nos ensinamentos de Cristo, sem ser uma Instituição, crescia a cada
dia ao ponto dos mais ricos venderem suas propriedades para os mais pobres, e,
assim, não existir entre a comunidade dos cristãos um necessitado qualquer.
O que vemos hoje? Os necessitados venderem suas propriedades para
repartir (dar na cara dura) para a Comunidade. E, assim, não existir pastores,
bispos, apóstolos com necessidades alguma. Afinal, digno é o obreiro do seu
salário, carros, mansões, aviões e etc.
Algumas comunidades com receio de perder seus fiéis, já que as
máscaras manipuláveis estão a cada dia a cair de seus líderes, visto que, há
uma grande quantidade de pessoas que estão menos-manipuláveis, então mudando a
palavra dizimar para "semear". Sim, Paulo disse o que semeia pouco,
pouco ceifará, mais o que semeia muito, muito colherá. Se você der pouco,
colherá pouco, se você der muito, colherá muito. Mais dar para quem?
O contexto de 2ª Coríntios 9 refere-se aos necessitados de
Jerusalém. As ofertas eram depositadas aos pés dos Apóstolos que logo eram
direcionadas a ajudar os necessitados. E não construir impérios e fortalezas em
nome do poder denominacional. Porque departamentos como de Missões são sempre
os menos importantes? Não será porque este departamento não traz lucro algum
para a Instituição?
A verdadeira religião consiste exatamente nisso: De ajudar o seu
próximo em suas necessidades. A verdadeira religião não é conhecida pela sua
história e dogmas, mais sim pela sua presente caridade. "Vai vende tudo o
que tens e reparta com os mais pobres".
Talvez, a religião pura e imaculada de Thiago esteja fora de moda.
Os mercenários da fé nos acham bobos (para não dizer otários), pois um
Evangelho que é centrado numa renúncia própria em ajudar seu próximo, não
conquiste em nós uma intensa prosperidade. Já que a prosperidade obtida pelo
suor do nosso rosto não alcancem os milhões, bilhões e trilhões que a teologia
da prosperidade obtém.
Nessas horas, lembro de uma canção antiga do Engenheiros do Hawai
chamada: Don Quixote, no qual, me atrevo a deixar a letra para vosso
conhecimento:
Muito prazer, meu nome é otário
Vindo de outros tempos mas sempre no horário
Peixe fora d'água, borboletas no aquário
Muito prazer, meu nome é otário
Na ponta dos cascos e fora do páreo
Puro sangue, puxando carroça
Um prazer cada vez mais raro
Aerodinâmica num tanque de guerra,
Vaidades que a terra um dia há de comer.
"Ás" de Espadas fora do baralho
Grandes negócios, pequeno empresário.
Muito prazer me chamam de otário
Por amor às causas perdidas.
Tudo bem, até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Tudo bem, seja o que for
Seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas
Tudo bem... Até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Muito prazer... Ao seu dispor
Se for por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas