quinta-feira, 31 de março de 2011

Não dêem pérolas aos porcos


Não dêem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão."
Mateus 7:6

O que Cristo quis dizer em relação a não darmos pérolas aos porcos? "Dar pérolas aos porcos", segundo o wikcionário (dicionário universal de conteúdo livre), significa dar algo de valor a quem não o aprecia ou compreende.

O próprio Mestre alertou os discípulos de que não deveriam insistir com certas pessoas que rejeitam o Evangelho (Mt 10:14-15). Jesus também teve ocasião de condenar alguns grupos inteiros (Mt 15:14; 16:6). Paulo, eventualmente, abandonou seus esforços com grupos que insistiam em rejeitar o Evangelho (At 13:46; 18:6).

Jesus tinha um tratamento diferente quando quem cruzava o seu caminho eram os fariseus e doutores da lei. Com estes, o mestre não pronunciava palavras de amor e perdão, mas, palavras duras de repreensões que se fossem traduzidas para os dias de hoje, certamente os puritanos altamente se escandalizariam. Se bem que, estes puritanos (fariseus) da época, se escandalizaram ao ponto de chamar Jesus de amigo de pecadores e beberrão.

Cheguei a conclusão de que não adianta dar pérolas aos porcos, eles jamais aceitarão. Meu maior erro, foi acreditar que um dia, talvez, eles permitiriam que a palavra da cruz fosse o poder de Deus para suas vidas e contrariei o conselho de Paulo que disse que para estes " é loucura".

Perdi muito tempo com isso, criei traumas que ficarão cicatrizadas pelo resto da minha vida, e até deixei de viver por este tempo apenas vivendo a vida de quem não aceitaria tais pérolas. Hoje, me abstenho apenas de pregar o evangelho com a minha vida e usando ferramentas como esta. Com os fariseus, eu não tenho mais pérolas para oferecerem, e sim, uma dose de repreensões e conselhos de se converterem de fato ao evangelho.

Antes de encerrar este artigo, gostaria de compartilhar uma reflexão sobre a lição da ostra que circula pela web com autoria desconhecida, porém, de conteúdo belíssimo:

"Uma ostra que não foi ferida não produzpérolas."


Pérolas são produtos da dor; resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou grão de areia. Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia a penetra, ás células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.


Como resultado, uma linda pérola vai se formando. Uma ostra que não foi ferida, de modo algum produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.


Como isso tem a ver com o evangelho? A maior pérola (riqueza) produzida por Cristo, foi diante de sua maior dor: "A crucificação", que era a forma mais horrível e vergonhosa de humilhação para um homem. Com isso, as maiores pérolas que produzimos com consciência no evangelho, vem em meio as dores, perseguições, injúrias e desafetos.
Nosso maior erro, é oferecer essas pérolas produzidas com dores, aos porcos que jamais se importarão com o que você sofre por amor de Cristo. Que me perdoem as manadas, mais decidi oferecer as mais belas pérolas somente para aqueles que estão dispostos a viverem a Graça com a liberdade que ela nos proporciona.
Se quem anda com porco, farelo come... não tenho aptidão e nem estômago para saborear seus venenos recheados a hipocrisia e pré(conceitos). Faço parte da minoria que alimentam-se diretamente do Pão da Vida sem precisar ir a padaria (Quem lê, entenda). rs.

Em Cristo que não vivendo mais eu, permito que ELE viva em mim.

domingo, 13 de março de 2011

Existe explicação para o sofrimento?


“E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos o perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.” João 9:1-2

Existe explicação para o sofrimento? Talvez seja essa a indagação de todo ser humano. Freqüentemente, ouço ateus elaborarem perguntas prontas, como: Se Deus é justo, porque existem tantas injustiças no mundo? Se Deus é amor, porque existe tanto ódio entre as suas criaturas? Se Deus é Paz, como explicar tantas guerras? Se Deus prometeu uma vida eterna sem injustiças, ódios e guerras, porque seus filhos passam por tantos sofrimentos?

Aí entram aquelas respostas prontas de todo cristão com suas teologias e bláblás elaborados. A verdade é que muitos cristãos que não conhecem o plano de Deus para humanidade, apenas aquelas informações básica do pacote religioso, no fundo acabam tendo as mesmas indagações dos ateus, eles apenas não confessam diretamente. Em todos estes anos lidando, aconselhando, ensinando, pregando, palestrando a tantos tipos de pessoas diferentes, sei perfeitamente o número expressivo de pessoas que não sabem explicar esta pergunta, e que no fundo, no fundo, também são decepcionadas de certa forma com Deus por não entendê-las. Elas não demonstram isso abertamente, mais seus corações são recheados de decepções e frustrações com Deus.

Como explicar o sofrimento? A única pessoa que um dia passou por esta terra que tinha a resposta para tal pergunta, ignorou a mesma e não deu uma resposta concreta. Sim, eu falo de Cristo. Se o próprio Mestre não teve nenhuma preocupação em explicar tal indagação, o que dizer de nós? Não conheço nenhuma teologia do sofrimento, nem tampouco, doutores e mestres nesta área.

Quando os discípulos estavam na presença daquele cego de nascença do capítulo 9 de João, acredito que existia no coração dos discípulos, a certeza de que Jesus daria a resposta certa para tal questionamento. “Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” Ah, se essa pergunta fosse feita para os nossos doutores em teologia, certamente eles rodariam de gênesis a apocalipse e, se preciso fosse, tirariam até do alcorão tal resposta. Mais a resposta de Cristo, foi: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.”

Que decepção! Ficaram sem resposta, afinal, como assim ele não pecou, nem seus pais, se todos pecaram e destituídos foram da Glória de Deus? Ora, não era a resposta que se esperava, sabe por quê? Porque de gênesis a apocalipse (nem no alcorão), você vai encontrar o Altíssimo explicar o sofrimento humano. Ele ( sofrimento) apenas existe para que sejam manifestadas as obras de Deus. Não foi o próprio Cristo que disse que quem quisesse ganhar a sua vida deveria perdê-la? Não foi Ele que nos convidou a renunciar a nós mesmos e carregar a nossa cruz? Não foi o próprio que disse que o céu é ganho a força?

Se desejo está aonde Cristo reina, como questionar o caminho que ele nos deixou para percorrer? Ora, a porta é estreita e apertado o caminho. Mais se é por ela que eu desejo entrar, que assim seja. Não tenho que questionar, apenas seguir com minha fé ciente de que as provações desse tempo presente não são para comparar com a glória em que nós há de ser revelada. Isso são palavras de quem esteve lá, viu o que olhos nunca viram, ouviu o que ouvidos nunca ouviram, e nos garantiu que vai valer à pena. Responda-me, ainda vou questionar a Deus o meu sofrimento?

Sabe por que existem tantas pessoas frustradas nesse mundo cristão? Porque estão comprando o peixe errado. Estão vendendo um evangelho que não é o Evangelho de Cristo. Ora, esse Evangelho que por Cristo fora anunciado não se vende. É dado de graça pela Graça. E a partir do momento que vende outro evangelho cercado de prosperidades financeiras, cheio de facilidades para obter vitórias, é que quando as máscaras caem, vêm às decepções e traumas que demorarão a cicatrizarem. E em alguns casos, a culpa recai até sobre Deus, e assim, o ateísmo apenas cresce.

No livro de Jó, temos 38 capítulos com o patriarca repetindo a mesma pergunta: Porque estou sofrendo? Ele não tinha a resposta, seus amigos não tinham a resposta, e sua mulher, tampouco. E quando Deus aparece no capítulo 38, encontramos as respostas? Não! Apenas mais e mais perguntas como forma de respostas. Tudo o que Deus respondeu se resumiu em apenas uma coisa: Não tente entender o que não está limitado ao seu conhecimento.

Jó eu sou de cima, e você, de baixo. Eu sou divino, e você, mortal. A única esperança revelada no livro de Jó foi à de que o Redentor um dia se levantaria sobre a terra. Jesus não trouxe a resposta necessária, mais encheu-nos de alegria e esperança quando nos falou do céu mesmo citando que o mesmo seria conquistado à força. Disse que como ele, teríamos aflições, mais venceríamos como ele venceu. Paulo sofreu as aflições, esteve lá no céu, e garantiu: Vale à pena, as aflições de hoje não se compara com a glória que nos espera lá. O negócio é tão maravilhoso que o mesmo chegou a confessar que sentia prazer nas fraquezas por amor de Cristo, e chamou as chibatadas, açoites, náufragos, bestas feras, abismos, prisões e falsos irmãos de “leve e momentânea tribulação”

Graças a Deus pelos sofrimentos. Mesmo que não entenda porque eu os sofro, sei que tudo isso apenas coopera para o meu bem. Como disse certa vez Charles C. Spurgeon: "Eu não ousaria usar uma coroa de ouro na terra onde o meu Senhor usou uma coroa de espinhos".

 Enquanto muitos lutam para terem a glória de José, eu me sinto honrado em carregar a cruz de Cristo. Sofrer as tribulações que Cristo sofreu, é uma honra para poucos. Ele mesmo disse: "Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês.Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a recompensa de vocês nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês"

Em Cristo que nos deu a honra de sermos participantes de suas aflições e, automaticamente, herdeiros de suas conquistas.