segunda-feira, 16 de maio de 2011

A Verdadeira Religião


Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã. A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo”. Tg.1.26-27: 



Tenho postado aqui neste espaço de diversas formas que a RELIGIÃO é um câncer no mundo. Responsável pelas maiores atrocidades mundial. E, infelizmente, a religiosidade encontra-se muito presente nas mais diferentes denominações evangélicas.

Thiago cita "uma religião pura e imaculada". Obviamente, ele não se refere ao termo "religiosidade" de "ser religioso", mas, de religião do termo latim "Re-Ligare", que significa "re-ligação" com o Divino. O que no AT era impossível devido ao declínio espiritual do homem, e foi por Cristo solucionado no Calvário, nos re-ligando com Deus através de seu sacrifício expiatório. Hoje, somos re-ligados com Deus, alcançados por sua Graça (ê como gosto de pronunciar isso hehe).

Quando Thiago fala dessa religião pura, ele dá margens para uma religião que não é pura nem imaculada para com Deus. É a religião vã de quem não refreia sua língua e engana-se em seu coração. E quanta a verdadeira religião? Ele dá uma dica, esta se propõe a "Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo".

E o que Thiago quer dizer com isso? A verdadeira religião (de religados com Deus) não consiste apenas em muito falar, debater, protestar, brigar, mais daqueles que tem dentro de si uma fome gigantesca em ajudar o seu próximo. Este guarda-se isento da corrupção do mundo.

E que corrupção seria esta? A história da Igreja de Cristo registrado em Atos, quando esta era apenas formada por homens e mulheres centradas nos ensinamentos de Cristo, sem ser uma Instituição, crescia a cada dia ao ponto dos mais ricos venderem suas propriedades para os mais pobres, e, assim, não existir entre a comunidade dos cristãos um necessitado qualquer.

O que vemos hoje? Os necessitados venderem suas propriedades para repartir (dar na cara dura) para a Comunidade. E, assim, não existir pastores, bispos, apóstolos com necessidades alguma. Afinal, digno é o obreiro do seu salário, carros, mansões, aviões e etc.

Algumas comunidades com receio de perder seus fiéis, já que as máscaras manipuláveis estão a cada dia a cair de seus líderes, visto que, há uma grande quantidade de pessoas que estão menos-manipuláveis, então mudando a palavra dizimar para "semear". Sim, Paulo disse o que semeia pouco, pouco ceifará, mais o que semeia muito, muito colherá. Se você der pouco, colherá pouco, se você der muito, colherá muito. Mais dar para quem?

O contexto de 2ª Coríntios 9 refere-se aos necessitados de Jerusalém. As ofertas eram depositadas aos pés dos Apóstolos que logo eram direcionadas a ajudar os necessitados. E não construir impérios e fortalezas em nome do poder denominacional. Porque departamentos como de Missões são sempre os menos importantes? Não será porque este departamento não traz lucro algum para a Instituição?

A verdadeira religião consiste exatamente nisso: De ajudar o seu próximo em suas necessidades. A verdadeira religião não é conhecida pela sua história e dogmas, mais sim pela sua presente caridade. "Vai vende tudo o que tens e reparta com os mais pobres".

Talvez, a religião pura e imaculada de Thiago esteja fora de moda. Os mercenários da fé nos acham bobos (para não dizer otários), pois um Evangelho que é centrado numa renúncia própria em ajudar seu próximo, não conquiste em nós uma intensa prosperidade. Já que a prosperidade obtida pelo suor do nosso rosto não alcancem os milhões, bilhões e trilhões que a teologia da prosperidade obtém.

Nessas horas, lembro de uma canção antiga do Engenheiros do Hawai chamada: Don Quixote, no qual, me atrevo a deixar a letra para vosso conhecimento:

Muito prazer, meu nome é otário

Vindo de outros tempos mas sempre no horário

Peixe fora d'água, borboletas no aquário

Muito prazer, meu nome é otário

Na ponta dos cascos e fora do páreo
Puro sangue, puxando carroça

Um prazer cada vez mais raro

Aerodinâmica num tanque de guerra,

Vaidades que a terra um dia há de comer.

"Ás" de Espadas fora do baralho

Grandes negócios, pequeno empresário.

Muito prazer me chamam de otário

Por amor às causas perdidas.

Tudo bem, até pode ser

Que os dragões sejam moinhos de vento

Tudo bem, seja o que for

Seja por amor às causas perdidas

Por amor às causas perdidas

Tudo bem... Até pode ser

Que os dragões sejam moinhos de vento

Muito prazer... Ao seu dispor

Se for por amor às causas perdidas

Por amor às causas perdidas


2 comentários:

  1. Pr, vc já leu o livro " o que estão fazendo com a igreja"? o autor é Augusto Nicodemus, é um excelente livro, é da editora mundo cristão. Nesse livro Nicodemus traz um alerta sobre a crise teológica e ética que assola a Igreja Brasileira, acompanhada de uma prática pastoral muitas vezes ineficaz. É muito bom esse livro.

    Seu post está excelente, eu fico muito triste quando vejo as barbaridades em nossos pulpitos, por homens religiosos demais, só a graça de Deus.

    Interessante a letra dessa musica!

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  2. Olá Helena. Já ouvi falar desse livro mais nunca o li. Quanto ao autor, já li algumas coisas on line e é muito bom.

    Ele é um dos poucos que ainda valorizam o genuíno Evangelho de Cristo.

    Obrigado pela dica.
    Abraços

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