domingo, 2 de maio de 2010

Uma Adoração que não é Exclusiva

E era necessário passar por Samaria" - João 4:4

Após sair da Judéia indo outra vez para a Galiléia, Jesus se viu numa obrigação necessária. O de passar por Samaria. Esta necessidade, não era simplesmente uma consideração geográfica, mas uma compulsão divina. Jesus cansado pelo longo caminho que percorrera, observa que uma mulher Samaritana vai até o poço de Jacó tirar água, e ali, se depara com a necessidade de ser a pessoa certa, no momento certo. Usando a necessidade daquela Samaritana em coletar água do poço, faz um pedido constrangedor: "Dá-me de beber".

A mulher que vivia aprisionada pelas barreiras sociais e raciais, pois, em primeiro lugar, um homem jamais pediria algo a uma mulher estranha, e segundo, Jesus sendo Judeu, era de um atrevimento muito grande pedir algo a uma Samaritana por conta da rivalidade que existia entre ambos. Mas como o foco de Jesus, era libertar exatamente todo preconceito, rivalidade, ódio, regras e leis que separavam o homem de Deus e de seus semelhantes, o Mestre encontrou naquela necessidade humana por água, uma oportunidade de oferecer a Água da Vida.

O assunto fica mais interessante, quando a mulher passa a questionar o local correto para adoração. Acostumada e orientada a adorar a Deus no Templo construído no Monte Gerizin, no qual os samaritanos construíram como um lugar de adoração rival, pois eles não eram bem vindos no Templo em Jerusalém, o que aparentava que as suas adorações ao Altíssimo Deus, era exclusividade apenas dos Judeus legítimos, que faziam suas peregrinações ao Templo em Jerusalém. Ela, talvez, esperando ouvir do Mestre, um judeu legítimo, que a adoração ao Pai Celestial, era exclusividade do Templo em Jerusalém, ela é impactada com uma palavra em que o tempo chegado era "que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade".



A partir daquele momento, o Filho de Deus enfatiza que a adoração a Deus, não era mais privilégio de um povo, de uma nação, de uma etnia, não era mais exclusividade dos judeus, nem, tampouco, dos Samaritanos. "Nisto não há judeu nem grego; circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos." Colossenses 3:11

Bastou àquela mulher ser livre das algemas samaritanas, que tanto a menosprezava por ser considerada uma "judia fajuta", que logo ela largou o seu cântaro, e foi até a cidade revelar aos seus visinhos do encontro que ela teve com um homem muito especial. Bastou o Mestre ficar dois dias em Samaria, para os samaritanos afirmarem para aquela mulher sedenta " já agora não é pelo o que disseste a nós, mas porque nós mesmos ouvimos e sabemos..."

Pronto! Agora toda Aldeia de Samaria estava impactada pelas doces Palavras de Jesus Cristo. Não porque ouviram o testemunho da mulher, mas sim, porque eles mesmos foram testemunhas oculares do Jesus do testemunho. Tornaram-se adoradores porque beberam direto da fonte de Águas vivas.

E sabe o que me alegra em ser considerado um verdadeiro adorador? É que não preciso fazer peregrinações ao GMUH para ser abençoado, nem tampouco, participar de palestras sobre adoração, ou ouvir testemunhos de pessoas que um dia foram impactadas pelo Mestre.

Eu sou um verdadeiro adorador porque bebi da Água da Vida direto da fonte.

Eu sou um verdadeiro adorador porque eu não precisei basear as minhas experiências com Deus pelo que ouvi de outros, e sim, porque minha fé está embasada numa experiência particular e íntima com o Autor e Consumador da minha Fé.

Eu sou um verdadeiro adorador porque não adoro a palavra de Jesus (bibliolatria também é pecado), mas porque adoro o Jesus da palavra.

Eu sou um verdadeiro adorador porque faço das minhas experiências e testemunhos, um quinto evangelho para aqueles que ainda não se encontraram com o dono da Fonte de Águas vivas.

Em Cristo, que ficou 2 dias em Samaria e trouxe grande alegria para aquela cidade, e está a mais de 2 mil anos conosco nos promovendo alegrias constantes.

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