Com tantas "teologia da prosperidade", o assunto dízimo, nunca foi tão polêmico como em nossos dias atuais. Isto, deve-se, pelo fato de diariamente, surgirem tantas igrejas neo-pentecostais.
Mais o assunto em questão, é? Devo ou não entregar o dízimo? E se eu não entregar, serei amaldiçoado e vítima de gafanhotos, locustas, e predadores que levarão todo meu dinheiro?
Será que realmente, existe um demônio, que só saí se eu devolver o dízimo?
Pois é, como um jovem assembleiano, foi o que muito eu ouvi acerca do dízimo. E como sempre eu fui fiel, a tudo que ouvia do altar, obviamente, devolvia todo o meu dízimo de meus salários, férias, décimo - terceiro, FGTS, PIS, Auxílio desemprego, rolo do relógio, até da moeda de R$ 1,00 que encontrava pelo chão.
Motivo? Pavor de o devorador entrar nas minhas finanças. Com este salário medíocre, que ganha o brasileiro, não ia eu dá mole pro capeta!!
Até, até, até que eu entrei no seminário. E como sempre fui "fanzaço", de assuntos neo-testamentários, sempre pesquisando sobre a história da igreja, cheguei à conclusão, de que estava totalmente equivocado sobre o assunto dízimo.
Mais também não vou aqui perder meu tempo, explicando todo início de como surgiu o dízimo, de como ele era entregue, e como isso mudou no Novo Testamento, e blábláblá.
A verdade é que todas as maldições, previstas na lei (A.T.), teve fim, após a ressurreição de Jesus, e o início de uma nova dispensação, da Graça Divina.
Todos aqueles gafanhotos, locustas, pulgão, foram exterminados na cruz do calvário. Hoje não estamos mais a mercê das maldições da Lei.
Mais talvez você me pergunte? Então, pastor Sérgio, devo ou não entregar meu dízimo na igreja?
Bom, não estou aqui igual aqueles fissurados em combater o dízimo, amaldiçoando quem assim o faz, pois, o erro não está em entregar o dízimo, e sim, como você entrega o dízimo.
O Novo Testamento, não fala sobre dízimos diretamente, e sim, sobre ofertas e contribuições. Veja que na igreja Primitiva, os seguidores de Cristo, que perseveravam na doutrina dos Apóstolos, vendiam suas propriedades e repartiam com os mais necessitados.
O que vai se repetir, em Atos 4:31-37. A fé destes seguidores eram tão grande, que eles simplesmente, não davam 10% de sua renda, e sim, vendiam suas propriedades, dividindo com os mais pobres.
O erro na entrega do dízimo está naquele que faz por pressão, medo de gafanhoto ou barganha com Deus.
E o erro está também em toda liderança, que impõe o dízimo como uma obrigação, e não, como um ato de fé e amor, como vimos nas ofertas acima.
Veja o que diz o Ap. Paulo, em 2ª Coríntios 9:7
"Cada um contribua segundo propôs no seu coração...", aqui derruba a obrigação de dá os 10%. (Segundo propôs no seu coração).
"... não com tristeza ou por necessidade". Aqui derrubam a liderança que obriga o dízimo para se fazer templos lindos, apenas para vaidade pessoal (não... por necessidade).
"... porque Deus ama ao que dá com alegria". Sem essa de devoradores, de pressões psicológicas. Ou é com alegria, ou não.
Como eu sou pastor e administrador de um templo, eu sei perfeitamente dos gastos que se tem com administração destes prédios. Também sou da opinião, que o templo, precisa oferecer da melhor comodidade para suas ovelhas, mais não é por causa disso, que eu vou ensinar errado sobre o dízimo.
E confesso para os meus leitores. As pessoas dizimam ou ofertam com mais alegria, e amor no coração, sem ser obrigatório, do que por medo de maldiçoes que não existem para a Igreja de Cristo.
Volto a dizer, não sou contra quem entrega o dízimo para sustentar o Templo, e sim, daqueles que impõe medo nas ovelhas, fazendo barganhas com Deus, profetizando maldições que eram para Israel, e não, para a Igreja de Cristo.
Seja um contribuídor da obra de Deus.. mais lembre-se:
"Deus ama quem dá com alegria"
Em Cristo, que é o nosso Pastor, nada nos faltará